CRENÇAS LIMITANTES: de onde vêm e como você pode se libertar delas?

''A mente é um campo fértil. As sementes que você planta — sejam elas crenças de poder ou de limitação — crescerão.''

As crenças limitantes são afirmações internas que adotamos como verdades absolutas, mesmo que muitas delas sejam apenas interpretações distorcidas da realidade. Elas funcionam como filtros inconscientes que moldam nossa forma de pensar, sentir e agir — geralmente nos impedindo de acessar nosso potencial máximo.

Frases como:

 “Eu não sou bom o suficiente.”

 “Nunca vou conseguir ganhar bem fazendo o que amo.”

 “Não tenho disciplina para mudar.”

 “Cometi muitos erros, não posso voltar no tempo”

Essas crenças parecem inofensivas, mas são responsáveis por travar carreiras, relacionamentos e a evolução pessoal.

E DE ONDE ELAS VÊM?

A maioria das crenças limitantes se forma entre os 0 e 7 anos, período em que o cérebro da criança está em ondas cerebrais mais receptivas (especialmente theta e delta), funcionando como uma “esponja emocional e cognitiva”. A neurociência mostra que, nesse estágio, o subconsciente absorve tudo sem filtros críticos.

Fontes comuns de crenças limitantes:

• Família: Frases repetidas pelos pais com boa intenção (“Dinheiro não nasce em árvore”, “Você é desastrado”, “Não confie em ninguém”).

• Religião mal interpretada: Medo do sucesso ou culpa por desejar prosperar. ” O dinheiro é a raiz de todos os males”

• Experiências traumáticas: Rejeições, fracassos, abusos emocionais. “Eu não sou bom o suficiente”

• Sistema educacional: Avaliações baseadas em notas e pouco incentivo ao erro como parte do processo de aprendizagem. “Eu não posso errar”

• Mídia e cultura: Estereótipos sociais que reforçam padrões de escassez, medo ou conformismo. “preciso me comparar” ou “não sou suficiente”

COMO AS CRENÇAS LIMITANTES AFETAM A SUA VIDA?

Essas crenças agem como programações mentais invisíveis, sabotando:

• Decisões de carreira: Você se contenta com menos porque acredita que não é capaz de algo maior.

• Relações afetivas: Aceita menos do que merece por medo de ficar só.

• Saúde emocional: Cria ansiedade, baixa autoestima e sensação de impotência.

• Finanças: Você se sabota ao ganhar mais ou se sente culpado por prosperar.

A ciência chama isso de viés de confirmação: buscamos inconscientemente evidências

que reforçam aquilo que acreditamos.

Exemplo Prático:

Se alguém acredita que ''não é bom o suficiente'', o cérebro tenderá a:

• Lembrar com mais força das situações em que errou.

• Ignorar elogios e reconhecer apenas críticas.

• Interpretar neutros como rejeição.

• Evitar oportunidades com medo de fracassar (auto profecia)

COMO VOCÊ PODE SE LIBERTAR DELAS?

A libertação de crenças limitantes passa por um processo de consciência, enfrentamento

e reprogramação. Abaixo, um passo a passo baseado em Coaching, Neurociência e

inteligência emocional:

I - Identifique as crenças

A consciência é o primeiro passo da libertação. Pergunte-se:

• Qual pensamento recorrente me impede de agir?

• Quais frases internas você repete com frequência?

• Isso me impulsiona ou me paralisa?

• Em que áreas da vida você se sente travado?

Use perguntas como:

“O que eu acredito sobre mim nesta situação?”

“De quem eu ouvi isso pela primeira vez?”

“Qual o preço emocional, espiritual e financeiro que estou pagando e pagarei, se eu continuar acreditando nisso?”

II - Confronte essas crenças

• Isso é 100% verdade?

• Existe alguém que prova que isso não é verdade?

• Que nova evidência eu posso buscar?

III - Reescreva com uma nova crença fortalecedora

Transforme:

“Eu não sou bom o suficiente.” em

“Estou em crescimento constante e me torno melhor a cada dia.

”Cometi muitos erros.”

Em:

“Cometi erros, mas agora eu sei melhor. E estou escolhendo fazer diferente.”

IV - Use repetição, emoção e visualização

A neuroplasticidade prova que repetição com emoção cria novos circuitos neurais.

Pratique:

• Afirmações diárias.

• Visualizações com emoção positiva.

• Escrita terapêutica.

V - Crie rotinas e hábitos alinhados com sua nova identidade

Ação consistente solidifica a mudança de crença. Não basta pensar diferente. É preciso

agir diferente, mesmo que com medo.

“Crenças não são fatos. E toda crença limitante pode ser transformada em alavanca de

poder, se assim desejarmos confrontá-las e agirmos na mesma direção”

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